ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 158-1


Poster (Painel)
158-1Efeitos de temperatura e salinidade sobre crescimento e produção de surfactantes por bactérias halofílicas oriundas de reservatório de petróleo offshore
Autores:CARVALHO, K. F. (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; CORRÊA, T. (IFSC-USP - Instituto de Física de São Carlos Universidade de São Paulo) ; MARTINS, L. F. (CENPES - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás) ; SOUSA, M. P. (CENPES - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás) ; BOSSOLAN, N. R. S. (IFSC-USP - Instituto de Física de São Carlos Universidade de São Paulo)

Resumo

Biossurfactantes são moléculas microbianas de caráter anfipático que, acredita-se, tenham um papel ambiental relacionado à biodisponibilização de fontes de carbono insolúveis em água, o que as tornam de interesse para aplicações industriais, em particular para a recuperação avançada de petróleo (Microbial Enhanced Oil Recovery). No presente trabalho, foram utilizadas amostras de óleo bruto proveniente de um reservatório offshore do Brasil como inóculo para cultivos aeróbios em meio LB Broth, com salinidades de 70 e 140 g/L de NaCl, incubados a 37°C. Sete isolados foram obtidos, todos com 99% de semelhança com organismo do gênero Bacillus, com base no sequenciamento do gene 16S rDNA. Assim, foram realizados testes para investigar a influência das condições do meio de cultura e de incubação na produção de biossurfactante para um isolado específico, denominado O9-1. Nos cultivos com o isolado O9-1, foram testadas três temperaturas (37, 55 e 80°C) e três salinidades (35, 70 e 140 g/L NaCl) em meio LB Broth e condições aeróbias sem agitação. A partir das alíquotas retiradas, foram realizadas medidas de absorbância (600 nm) para construção de curvas de crescimento e testes de emulsificação (E24) para avaliação da produção de biossurfactantes. O isolado O9-1 foi capaz de crescer e produzir biossurfactante nas condições mencionadas. Tanto o crescimento quanto a produção de biossurfactantes foram maiores a 37°C, com índices de emulsificação variando de 30% (35 g/L) a 51% (70 g/L). O aumento de temperatura, entretanto, acarretou aumento na demanda por sais, já que a 55 e a 80°C o crescimento e a produção de biossurfactantes foram maiores na salinidade de 140 g/L. Em uma próxima etapa do trabalho será feita uma tentativa de purificação do surfactante produzido pelo isolado testado.


Palavras-chave:  Biossurfactante, Bacillus, Petróleo, Halófilos